A partir da metade do século XVIII, inicia-se o período das chamadas revoluções burguesas, que levaram ao fim do absolutismo real e da igreja. É também nesse período que surge o capitalismo industrial. Essas revoluções culminaram com o rompimento entre Igreja e Estado, favorecendo o aparecimento da educação pública.
Com o surgimento das máquinas no século XIX, modificam-se as relações de produção e acontecem mudanças na agricultura e no transporte. Com esse desenvolvimento, ocorrem visíveis diferenças entre a riqueza e a pobreza. Esse século representou a consolidação do poder da burguesia, que se contrapôs ao regime aristocrático.
Na passagem para a Idade Contemporânea, várias mudanças aconteceram na vida social, política e econômica em virtude da implementação do capitalismo industrial. Surge, dessa forma, o proletariado, que se opõe aos interesses da burguesia. Assim, com o desenvolvimento da produção em grande escala pelo capitalismo industrial e a recorrente urbanização, cria-se uma expectativa muito grande em relação à educação.
Com o surgimento das máquinas no século XIX, modificam-se as relações de produção e acontecem mudanças na agricultura e no transporte. Com esse desenvolvimento, ocorrem visíveis diferenças entre a riqueza e a pobreza. Esse século representou a consolidação do poder da burguesia, que se contrapôs ao regime aristocrático.
Na passagem para a Idade Contemporânea, várias mudanças aconteceram na vida social, política e econômica em virtude da implementação do capitalismo industrial. Surge, dessa forma, o proletariado, que se opõe aos interesses da burguesia. Assim, com o desenvolvimento da produção em grande escala pelo capitalismo industrial e a recorrente urbanização, cria-se uma expectativa muito grande em relação à educação.
Revoluções Burguesas e as Repercussões na Educação
A Revolução Industrial aconteceu na metade do século XVIII e disseminou-se da Inglaterra para outros países. O grande desenvolvimento veio com a energia e as máquinas a vapor movimentando a sociedade nas cidades. Por necessidade, as colônias se tornaram independentes e, como consequência, estabeleceu-se o livre comércio. Com todos esses acontecimentos, a educação dos filhos dos trabalhadores torna-se uma necessidade.
Em 1789 ocorre a Revolução Francesa, que representou um grande passo para a burguesia da época e para a população em geral no combate aos privilégios dos nobres e dos religiosos. Ficam abolidos muitos direitos das classes mais privilegiadas e ao mesmo tempo termina a monarquia. Dessa forma, separa-se a Igreja e o Estado, e muitos países se posicionaram contra o colonialismo, acontecendo também no Brasil.
Em 1789 ocorre a Revolução Francesa, que representou um grande passo para a burguesia da época e para a população em geral no combate aos privilégios dos nobres e dos religiosos. Ficam abolidos muitos direitos das classes mais privilegiadas e ao mesmo tempo termina a monarquia. Dessa forma, separa-se a Igreja e o Estado, e muitos países se posicionaram contra o colonialismo, acontecendo também no Brasil.
A educação no século XIX
No século XIX, ocorre a universalização do ensino, e o Estado assume a educação elementar obrigatória, gratuita e leiga. A escola secundária continua clássica. Foi também propedêutica para a elite e técnica para os trabalhadores e seus filhos. O ensino universitário sofre reformulações que atendam às necessidades dos trabalhadores com as escolas politécnicas. Com o educador Fröebel, que destacaremos adiante, aparecem os jardins de infância e também as escolas normais para a preparação de professores.
Sistemas públicos de educação
O ensino público, gratuito e obrigatório, sem dúvida, é a melhor forma de alcance de uma democracia. Em todos os países, essa luta acontece por parte dos trabalhadores, e assim a dualidade de ensino, ou seja, a escola de ricos e de pobres vai desaparecendo e no lugar surge um único sistema educacional. Embora isso tenha ocorrido, porém, os filhos da burguesia tinham mais recursos e melhores condições para o estudo do que os filhos dos trabalhadores.
A pedagogia no século XIX – Tendências Filosóficas
O Positivismo
Auguste Comte (1798 – 1857) iniciou o positivismo. Nele, o homem passa por três estados:
- Teológico – todos os fenômenos têm uma explicação sobrenatural;
- Metafísico – causas da divindade passam a ter uma concepção abstrata e
- Positivo – no qual o homem consegue desenvolver a observação e utilizar o seu raciocínio. Nesse período, o cientificismo é valorizado.
O Idealismo
O Idealismo Hegel (1770 – 1831) desenvolve a lógica da dialética contrapondo-se à lógica tradicional. É a contradição criadora da manifestação da razão onde o espírito desenvolve a autoconsciência.
Materialismo histórico e dialético
Karl Marx (1818 – 1883) e Friedrich Engels (1820 – 1895) buscam a superação das injustiças sociais. A perspectiva dialética de Engels possui um sentido com a histórica da luta de classes pela qual a classe mais oprimida é uma antítese da classe dominante. Na sua filosofia mostra que o progresso só ocorre com o confronto de ideias divergentes.
Para Marx, o processo de exploração do trabalhador inicia com a apropriação dos meios de produção por parte da burguesia ficando o trabalhador sujeito à alienação. A divisão da sociedade em classes é consequência da posição ocupada pelos indivíduos no processo produtivo. Quando o trabalhador é explorado pela burguesia com a apropriação de excedente da produção inicia a desigualdade social, denominada de mais valia. Marx entende que o combate da desigualdade na sociedade necessita de uma mudança na organização do trabalho e nos meios de produção.
Para Marx, o processo de exploração do trabalhador inicia com a apropriação dos meios de produção por parte da burguesia ficando o trabalhador sujeito à alienação. A divisão da sociedade em classes é consequência da posição ocupada pelos indivíduos no processo produtivo. Quando o trabalhador é explorado pela burguesia com a apropriação de excedente da produção inicia a desigualdade social, denominada de mais valia. Marx entende que o combate da desigualdade na sociedade necessita de uma mudança na organização do trabalho e nos meios de produção.
A pedagogia do século XIX
Fröebel
Friedrich Fröebel (1782 – 1852) enfatizou a importância da educação da primeira infância. Considerado o fundador dos jardins de infância nos quais o professor seria o jardineiro que cuida das plantas para que cresçam bem, ou seja, quando a criança pequena é bem cuidada as chances de um bom desenvolvimento posterior são melhores. Fröebel valorizou o brinquedo, as atividades lúdicas, o jogo, o estudo da natureza, os meios de expressões e a autoatividade como meios educativos.
Johann
Johann Friedrich Herbart (1776 – 1841) teve uma preocupação com a prática da educação. Considerava que apenas instruir não é educativo, mas é necessário. Sua preocupação era com a pedagogia social e ética na formação da moral segundo os interesses da criança. Para ele, a instrução é a ação principal da educação que deve seguir os passos: preparação, apresentação, assimilação, sistematização e aplicação. Na disciplina conduz a uma autodeterminação na formação da moral e do caráter da criança.
Spencer
Herbert Spencer (1820 – 1903) foi o maior representante da pedagogia positivista. O positivismo fundado por Auguste Comte exerceu grande influência em Spencer a partir o valor utilitário, pragmático da educação, ou seja, o ideal da educação é o de obter segundo Luzuriaga (1972) a preparação completa do homem para a vida inteira:
Em geral o objeto da educação deve ser adquirir do modo mais completo possível os conhecimentos que melhor sirvam para desenvolver a vida intelectual e social em todos os seus aspectos, e tratar superficialmente os que menos contribuíam para esse desenvolvimento. (LUZURIAGA, 1972, p.208-209).
Spencer recebeu influência de Rousseau dando importância aos estudos da natureza e à educação física considerando que o ensino das ciências deve ser o centro de toda a educação, o que demonstra a sua concepção científica.
Em geral o objeto da educação deve ser adquirir do modo mais completo possível os conhecimentos que melhor sirvam para desenvolver a vida intelectual e social em todos os seus aspectos, e tratar superficialmente os que menos contribuíam para esse desenvolvimento. (LUZURIAGA, 1972, p.208-209).
Spencer recebeu influência de Rousseau dando importância aos estudos da natureza e à educação física considerando que o ensino das ciências deve ser o centro de toda a educação, o que demonstra a sua concepção científica.
Veja os conceitos de alguns termos específicos para uma melhor compreensão desse período histórico.
1. Propedêutica: é um termo histórico originado do grego προπαιδεύω, que significa "ensinar previamente". Trata-se de um curso ou parte de um curso introdutório de disciplinas em artes, ciências, educação, etc. É o que provém ensinamento preparatório ou introdutório, os chamados conhecimentos mínimos.
Acesse o link sobre Propedêutica: Disponível aqui
2. Idealismo: consiste na criação imaginária de normas de ação tidas como perfeitas, ideais, e apresentadas como objetivo a ser alcançado na realidade.
Acesse o link sobre Idealismo: Disponível aqui
3. Burguesia: é uma classe social do regime capitalista, onde seus membros são os proprietários do capital, ou seja, comerciantes, industriais, proprietários de terras, de imóveis, os possuidores de riquezas e dos meios de produção.
Acesse o link sobre Burguesia: Disponível aqui
4. Pragmático: Refere-se àquele tipo de pessoa que busca resolver tudo de forma prática, sem rodeios, buscando a maneira mais simples e objetiva de fazer, optando pelo que costumeiramente é feito, pelo que é mais usual.
Acesse o link sobre Pragmático: Disponível aqui
1. Propedêutica: é um termo histórico originado do grego προπαιδεύω, que significa "ensinar previamente". Trata-se de um curso ou parte de um curso introdutório de disciplinas em artes, ciências, educação, etc. É o que provém ensinamento preparatório ou introdutório, os chamados conhecimentos mínimos.
Acesse o link sobre Propedêutica: Disponível aqui
2. Idealismo: consiste na criação imaginária de normas de ação tidas como perfeitas, ideais, e apresentadas como objetivo a ser alcançado na realidade.
Acesse o link sobre Idealismo: Disponível aqui
3. Burguesia: é uma classe social do regime capitalista, onde seus membros são os proprietários do capital, ou seja, comerciantes, industriais, proprietários de terras, de imóveis, os possuidores de riquezas e dos meios de produção.
Acesse o link sobre Burguesia: Disponível aqui
4. Pragmático: Refere-se àquele tipo de pessoa que busca resolver tudo de forma prática, sem rodeios, buscando a maneira mais simples e objetiva de fazer, optando pelo que costumeiramente é feito, pelo que é mais usual.
Acesse o link sobre Pragmático: Disponível aqui